Os cuidados com a saúde dos pets é fundamental para evitar enfermidades que comprometem o bem-estar e longevidade dos animais de estimação. Assim como nós humanos, nossos amigos de quatro patas também podem desenvolver o diabetes. Ela é uma doença comum em cães e gatos e uma das endocrinopatias mais importantes na clínica veterinária.
Causada pela produção insuficiente de insulina pelo pâncreas ou por outros motivos que possam interferir na sua “liberação” normal, os principais sintomas da diabetes mellitus em cães são: alta produção de urina, sede em excesso, aumento exagerado do apetite e perda de peso progressiva. A maior incidência dessa doença está em animais de meia idade e cães de raças de pequeno porte como Poodle, Schnauzer, Dachshund e Beagle.
O diabetes pode se manifestar por diferentes motivos: causas genéticas, tumores, infecções, alimentação inadequada, medicamentos mal administrados, mas principalmente pela obesidade e idade avançada. Ao identificar uma das manifestações clínicas da doença, o tutor deve levar o cachorro para uma avaliação do médico veterinário.
“O diabetes em animais de estimação é tratado com a aplicação de insulina, em geral duas vezes ao dia, e com uma alimentação adequada. Ao identificar uma das manifestações clínicas da doença, o tutor deve levar o pet para uma avaliação profissional. Se possível, o ideal é procurar atendimento veterinário especializado em endocrinologia, pois existem outras doenças que causam sintomas semelhantes”, explica a médica veterinária Thais Matos, especialista da área de Confiança e Segurança da DogHero , maior empresa de serviços para pets da América Latina.
O diagnóstico é confirmado após exame clínico e laboratorial. Para tal, o médico veterinário mede a glicemia (o nível de açúcar no sangue no momento, que deverá estar aumentado) e solicita um exame de urina (para confirmar a presença de glicose, que não aparece em animais saudáveis). Antes de fechar o diagnóstico, poderá solicitar o acompanhamento da glicemia do animal durante algumas horas e em jejum.
“Uma vez confirmada a doença, se inicia o tratamento do pet. Neste momento, é fundamental o comprometimento do tutor para que o pet possa ter a doença estabilizada. O objetivo será manter as concentrações de glicose em níveis ideais no sangue, evitando picos ou quedas”, completa Thaís.
A meta é que o pet coma a quantidade indicada pelo veterinário, com hora para cada refeição, e não receba nenhum petisco ou alimento fora da dieta. Para isso existem as rações específicas, com a composição do menu diferente da de um cão saudável.
“O cardápio para controle do diabetes deve ser seguido à risca e normalmente é indicado que o pet receba somente ração específica para o problema ou para a obesidade. A dieta e a medicação precisam ser indicadas por um profissional – nunca tente tratar o pet sem a devida orientação”, declara Jade Petronilho, médica veterinária e coordenadora de conteúdo da Petlove.
A prevenção do diabetes, mesmo se tratando de uma uma doença de origem genética, é possível. Portanto, o tutor deve se preocupar em oferecer uma vida mais saudável ao seu pet, com alimentação controlada (sem abusar dos petiscos!), exercícios regulares e acompanhamento veterinário.
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