Nos últimos meses o isolamento social influenciou diretamente a relação dos humanos com os seus animais de estimação, os passeios diminuíram e a presença do tutor ficou mais intensa.
Alguns, ainda aproveitaram esse período para aumentar a família adquirindo um novo pet, outros, passaram a conviver 24h por dia com os seus peludinhos mais velhos, intensificando essa relação de dependência e proximidade.
A grande questão desse novo momento é que essa mudança brusca no dia a dia deles, aumentou os casos de stress, ansiedade e depressão.
Segundo o adestrador Bruno Moreno, os tutores não podem esquecer que os animais precisam de rotina, caso contrário, eles passarão 24h. tentando chamar a atenção dos seus donos e eles fazem isso através do mau comportamento, uma maneira eficaz de trazer os tutores para perto.
Entre os comportamentos mais comuns, Bruno pontua: latidos em excesso, lambeduras no corpo, destruição de móveis e objetos e marcação de território (xixi e cocô feito fora do local apropriado).
“Trabalhar antecipando estes comportamentos é fundamental para criar uma boa relação e amenizar estes sintomas” – garante o adestrador.
Apesar de alguns tutores alegarem que entendem o que eles pedem, Bruno Moreno faz questão de reforçar que na maioria dos casos a interpretação está errada.
“Cachorros quando latem e arranham o sofá ou a cama onde os tutores estão, não necessariamente significa que eles querem ir lá pra cima (como muitos interpretam), na maioria das vezes, ele só querem brincar (e talvez até prefira que você vá para o chão); outro exemplo clássico é quando o tutor entende como ‘declaração de amor’ aquela euforia com direito a pulos, latidos e xixi no chão, quando chegam em casa, mas isso é um sinônimo claro de ansiedade e o ideal é não retribuir esta festa para não intensificar esse comportamento” – garante Bruno Moreno.
Ainda de acordo com o adestrador, existem sim, características específicas para cada raça, mas ainda dentro de uma mesma espécie é comum termos animais com comportamentos distintos.
“E isso nada mais é do que o reflexo do comportamento do dono. Por isso, minha indicação é treinar o animal o tempo todo, a partir dos 50 dias de vida e manter uma rotina adequada de passeios, atividades e descanso” – pontua.
Os Brinquedos interativos e ossos naturais são ideais para trabalhar enriquecimento ambiental e gastar energia dos cães. Bruno destaca a importância desses hábitos na vida deles.
“Os cães são animais primitivos então eles não buscam brinquedos caros, você pode diverti-los com garrafas pets e o tubo de papelão que envolve o papel toalha, por exemplo. Ainda para instigar o espírito de caça, esconda grãos de ração pela casa e deixe que ele os encontre” – resume.
Por fim, as dicas para entreter o pet e reduzir as chances dele desenvolver stress, ansiedade ou depressão, são: respeite o tempo deles (filhotes, cães adultos e idosos precisam de atividades diferentes), não reprima, não bata, não grite e sempre incentive o bom comportamento (recompensando com carinhos e petiscos), não tenha pressa para incluir algo novo e não mude a rotina de maneira repentina.
Use e abuse de sons relaxantes (voz calma e serena), carinhos e cuidados. Quer saber mais como o adestrador pode te ajudar? Siga-o nas redes sociais: @segredodoadestramento.
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