Vagas de estágio na área administrativa em cada um dos órgãos participantes
Por meio de uma parceria inovadora com Secretarias municipais e Subprefeituras, programa Transcidadania passa a oferecer vagas de estágio na área administrativa em cada um dos órgãos participantes; veja calendário completo de ações para os próximos dias
Bolsistas do Transcidadania, programa da Prefeitura de São Paulo que promove a reintegração social e o resgate da cidadania de travestis, mulheres transexuais e homens trans por meio dos estudos, recebem a oportunidade de realizar as horas complementares do programa em Secretarias municipais e Subprefeituras da capital paulista com atividades práticas.
Esta importante conquista marca as ações da Secretaria Municipal de Direitos Humanos e Cidadania (SMDHC) em celebração e conscientização ao Dia da Visibilidade Trans (29/01), deste 2022 que também promove um calendário repleto de iniciativas voltadas para este tema nos próximos dias.
Articulada pela Coordenação de Políticas para LGBTI da SMDHC e com previsão de início para fevereiro, a parceria inovadora envolve seis Subprefeituras e três Secretarias. Todos os estágios são voltados para a área administrativa, com o objetivo central ampliar as experiências profissionais das(os) beneficiárias(os), saindo do ciclo de profissões pré-estabelecidas para esta população, como as de cabeleireira e maquiadora.
Cada órgão público disponibilizará até 10 vagas de estágios divididos por região, de acordo com os quatro Centros de Cidadania LGBTI (CCLGBTI), localizados nas zonas Norte, Sul, Leste e Oeste da capital paulista. O Programa Transcidadania exige uma carga horária de 30 horas semanais, distribuídas entre as atividades práticas supervisionadas e de capacitação ocupacional e cidadania. Destas, 10 horas serão voltadas para o estágio junto às Secretarias e Subprefeituras, respeitando o período de escola de cada bolsista.
A parceria envolve as Subprefeituras do Campo Limpo, Itaim Paulista, Ermelino Matarazzo, Guaianazes, São Miguel e Lapa. Além da SMDHC, também participam da ação as Secretarias Municipais do Verde e Meio Ambiente (SMV) e Esportes e Lazer (SEME).
“O Brasil amarga o posto de país mais perigoso para uma pessoa transsexual viver pelo décimo terceiro ano consecutivo, e é nossa responsabilidade como administração pública de mudar esta realidade”, afirma Claudia Carletto, secretária municipal de Direitos Humanos e Cidadania. “Nossa gestão municipal tem um olhar atento para a população trans, e para melhor atender e fortalecer essas pessoas implementamos políticas públicas que promovem o respeito, educação, cidadania e oportunidades, além de ampliar os canais de denúncia de LGBTIfobia”, explica.
Outra importante parceria firmada pela SMDHC para o Dia Nacional da Visibilidade Trans foi com a Secretaria Municipal da Saúde (SMS). As pastas estabeleceram um fluxo para facilitar e ampliar a vacinação da população trans contra o COVID-19 e a Influenza, referenciando as unidades de saúde mais próximas dos Centros de Cidadania LGBTI para receberem travestis, mulheres transexuais e homens trans usuários dos serviços. A ação, reconhecendo a vulnerabilidade social dessa parcela da população, visa estimular os cuidados com a saúde e facilitar o acesso aos serviços de imunização.
Outro programa municipal voltado para a população trans é o Respeito tem Nome. Essa ação transformadora oferece de forma gratuita às custas das certidões de protesto, bem como dos emolumentos cartoriais referentes ao requerimento de retificação de nome e gênero, à população de pessoas travestis, mulheres transexuais e homens trans em situação de vulnerabilidade social. As pessoas interessadas podem se inscrever através dos Centros de Cidadania LGBTI.
O programa foi instituído depois que dados do 1º Mapeamento de Pessoas Trans da cidade de São Paulo apontou a falta de acesso e, muitas vezes, a falta de respeito ao nome social como um dos principais fatores geradores de conflitos, relatado de forma transversal entre as pessoas entrevistadas. Realizada em 2021 com apoio da SMDHC, a pesquisa mostra o perfil sociodemográfico, condições de trabalho, renda e saúde, vivências de situações de violência e cidadania da população trans residente na capital paulista. Acesse o material aqui.
Além disso, a rede de atendimento à população LGBTI da SMDHC também realiza diversas ações nos próximos dias. Veja aqui a programação completa.
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